Um estudo recente introduziu uma estrutura abrangente para identificar e priorizar os riscos microbiológicos mais críticos em produtos alimentícios infantis, com foco em seu impacto potencial. Essa estrutura é acessível por meio da ferramenta online Microbiological Hazards Risk Ranking Decision Support System (MIRA DSS) e visa reforçar as medidas de segurança alimentar, protegendo a saúde dos consumidores mais jovens.
Conduzido sob a iniciativa Safe Food for Infants in the EU and China (SAFFI), o estudo delineou um processo de avaliação de risco que considera a prevalência de patógenos, suas condições de crescimento e os pontos críticos de contaminação ao longo da produção e armazenamento de alimentos. A estrutura leva em conta a vulnerabilidade dos bebês a doenças transmitidas por alimentos e a gravidade das doenças causadas por cada patógeno.
Foram identificados como principais riscos microbiológicos em produtos alimentícios infantis: Salmonella, Cronobacter e Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC), todos associados a doenças graves e, em alguns casos, a fatalidades entre bebês.
Para validar a eficácia da metodologia, os pesquisadores realizaram um estudo de caso sobre fórmula infantil, empregando uma combinação de análises semiquantitativa e quantitativa, e comparando os resultados com opiniões de especialistas para garantir precisão e confiabilidade.
Financiado pelo programa de Pesquisa e Inovação Horizonte 2020 da UE, o estudo ganha relevância diante de incidentes globais de segurança alimentar infantil, como o escândalo do leite chinês em 2008, o recall da Lactalis em 2017 na França e o recall da Abbott Nutrition em 2022 nos EUA.
Próximos Passos: Os pesquisadores esperam que essa estrutura de classificação de risco seja amplamente adotada por produtores de alimentos, reguladores e autoridades de saúde pública, fortalecendo a proteção à saúde e o bem-estar das crianças em todo o mundo.
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