top of page

Nova avaliação da EFSA sobre organoarsenicais em alimentos!

Foto do escritor: Juliana MaronaJuliana Marona



A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) publicou uma avaliação abrangente sobre espécies organoarsenicais complexas em alimentos, atendendo a uma solicitação da Comissão Europeia. Esses compostos, encontrados principalmente em alimentos marinhos, incluem arsenobetaína (AsB), arsenoaçúcares e arsenolipídios.

A avaliação revelou que a arsenobetaína não apresentou efeitos adversos nos estudos de toxicidade disponíveis, e não foi estabelecido um ponto de referência devido à insuficiência de dados toxicológicos. A exposição estimada mais alta foi observada em crianças pequenas, com 12,5 μg de As/kg de peso corporal por dia. De acordo com os achados, a arsenobetaína não levanta preocupações de saúde com base nos níveis atuais de exposição.

Para o arsenoaçúcar glicerol (AsSugOH), foi atribuído um ponto de referência de 0,85 mg de As/kg de peso corporal por dia. Os maiores níveis de exposição para consumidores adultos de nori (um tipo de alga) foram estimados em 0,71 μg de As/kg de peso corporal por dia, resultando em uma margem de exposição superior a 1000, indicando nenhum risco significativo à saúde. Devido à falta de dados disponíveis, a avaliação não pôde tirar conclusões sobre outros arsenoaçúcares ou realizar uma caracterização de risco para arsenolipídios.

Esta avaliação de risco faz parte de uma iniciativa mais ampla da Comissão Europeia para atualizar a compreensão sobre o arsênio nos alimentos, refletindo novas evidências científicas desde o último relatório da EFSA em 2009. O Painel CONTAM concluiu que as exposições dietéticas à arsenobetaína e ao arsenoaçúcar glicerol provavelmente não representam preocupações de saúde. No entanto, o relatório destaca a necessidade crítica de mais dados sobre a ocorrência e toxicidade de espécies organoarsenicais complexas.

Para os formuladores de políticas, os achados podem informar estratégias para estabelecer níveis máximos legalmente vinculativos para essas substâncias em alimentos. A comunidade de pesquisa é incentivada a investigar mais a fundo a toxicocinética e os impactos na saúde de compostos organoarsenicais complexos. Como os alimentos marinhos continuam sendo uma fonte significativa de exposição a organoarsenicais, pesquisas e monitoramento contínuos serão essenciais para salvaguardar a saúde pública.

 

Fonte: Affidia Journal

 
 
 

Comments


  • Instagram
  • Facebook
  • LinkedIn
  • Whatsapp
bottom of page